O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

CHAMADA P. PUBLICAÇÃO: FEITIÇARIA E BRUXARIA NÓRDICA

O boletim Notícias Asgardianas (NA) estará realizando para sua edição número 6 uma edição especial sobre feitiçaria e bruxaria nórdica, do medievo ao Renascimento. Crônicas literárias, descrições nas Sagas islandesas, grimórios, objetos da cultura material, imaginário artístico, manuais inquisitoriais, folclore moderno, entre outras fontes que envolvem a temática, serão aceitas.

O boletim é indexado com o ISSN: 1679-9313 e é editado pelo NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS (NEVE).



Sabá de bruxas, Igreja de Yttergran, Suécia, séc. XV.


Quem quiser participar com ensaios de 2 a 4 páginas, envie até 15 de fevereiro de 2014 para o e-mail: johnnilanger@yahoo.com.br 

A formatação é: Fonte Times New Roman 12, espaço 1/5, referências autor-data com bibliografia final. Também é necessário enviar uma fotografia em jpg do autor. As imagens serão inseridas pelos editores do boletim.


PARA ACESSAR TODOS OS NÚMEROS DO BOLETIM NA, CLIQUE AQUI.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

LITERATURA ESCANDINAVA MEDIEVAL EM DOUTORADO NA UFPB

A pesquisadora Luciana de Campos acaba de ser aprovada para o doutorado em Letras pela UFPB, com a pesquisa: "A representação da guerreira na Saga de Hervor: literatura e gênero na Escandinávia Medieval", sob a orientação da profa. Dra. Luciana Eleonora de Freitas Calado Deplagne. Luciana de Campos é integrante do NEVE, Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos.


A personagem Hervor, em uma recente adaptação francesa da narrativa escandinava (L´Histoire d´Hervör).


Trata-se de um campo temático ainda pouco estudado em nosso país, a literatura nórdica medieval - um dos mais ricos conjuntos literários deste período, em quantidade e riqueza temática.


Luciana de Campos dedica-se ao estudo do medievo há muitos anos, chegando inclusive a participar da fundação da ABREM em 1995 durante uma reunião na Unicamp. Seu interesse em estudos literários abrangeu desde a região lusitana medieval, passando pelo material francês de influência céltica e atualmente estuda fontes escandinavas. Luciana também dedica-se ao estudo da alimentação medieval, tanto em aspectos teóricos quanto experimentais.


A pesquisadora Luciana de Campos

Alguns de seus estudos medievalistas pode ser acessado em pdf na web:

Um banquete para Heimdallr: uma análise da alimentação viking na Rígsthula. História, Imagem e Narrativas, v. 12, p. 01-14, 2011.


In Taverna Quando Sumus: A taberna medieval como espaço de prazer e poder. História, Imagem e Narrativas, v. 16, p. 01-20, 2013.


Á mesa dos tronos: breve análise gastronômica d´As crônicas de gelo e fogo de George Martin, HISTÓRIA, IMAGEM E NARRATIVAS 13, 2012. História, Imagem e Narrativas, v. 07, p. 01-15, 2012.


Brindando aos deuses: representações de bebidas na Era Viking, no cinema e nos quadrinhos. Revista de História Comparada (UFRJ), v. 6, p. 141-164, 2012.


A História antiga e medieval nos livros didáticos: Uma avaliação geral. HISTÓRIA E-HISTÓRIA (NEE: NÚCLEO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS/UNICAMP). História e-História, v. 4/5/07, p. 04/05/2007, 2007.


O rei Marcos e Isolda: interpretando uma pintura oitocentista de temática Celta. Brathair (Rio de Janeiro), v. 05, n.01, p. 95-102, 2005.


Uma leitura de Tristão e Isolda à luz da crítica feminina. Brathair (Rio de Janeiro), v. 02, 2001.




A pesquisadora pode ser contatada pelo e-mail: fadacelta@yahoo.com.br

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ASTRONOMIA MEDIEVAL EM DOUTORADO NA UFRJ

A pesquisadora Cíntia Jalles de C. de Araújo Costa acaba de ser aprovada para o doutorado em História Comparada pela UFRJ, abordando com o tema de pesquisa a Astronomia em Isidoro de Sevilha: "Uma análise comparada do conhecimento astronômico em sociedades ágrafas e do discurso de Isidoro de Sevilha", a ser orientado pela profa. Dra. Leila Rodriges da Silva. Trata-se de um tema e um campo praticamente ainda inédito no Brasil, o conhecimento astronômico alto-medieval sob a perspectiva da história da ciência.


A arqueóloga Cíntia Jalles de C. de Araújo Costa

Cintia Jalles é arqueóloga e pesquisadora da Coordenação de História da Ciência do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e uma das pioneiras do estudo de Arqueoastronomia no Brasil.

Resumo do projeto: O presente projeto de pesquisa pretende elaborar uma comparação entre sociedades de realidades distintas, em espaço-tempos distanciados, que têm em comum o fato de possuírem uma subsistência essencialmente dependente das alterações ambientais. Na verdade, o registro do tempo e seu controle é um dos aspectos principais do nosso enfoque. Ou seja, buscamos problematizar as relações de poder estabelecidas em torno do conhecimento e controle do tempo em sociedades organizadas antes do advento da alta tecnologia, com seus aparatos que ampliaram imensamente a capacidade de observação dos fenômenos astronômicos. Em contraste com os povos ágrafos, identificados unicamente através dos vestígios materiais remanescentes da sua cultura, estabeleceremos como ponto de comparação, documentos escritos no exercício pleno da erudição, elaborados nos momentos iniciais da sociedade medieval. E, como a erudição era um aspecto restrito aos clérigos nesta sociedade rural, partiremos da análise dos registros elaborados por Isidoro de Sevilha, que apresentam uma visão de mundo do seu tempo, apontando os referenciais astronômicos reguladores do funcionamento da sociedade em questão. Destacaremos como objeto (aqui, literalmente o objeto físico) os calendários que, repletos de simbologias, são provavelmente os melhores representantes das relações de poder estabelecidas pelo uso e controle do tempo. Estas relações de poder foram constituídas não só no contexto de Isidoro como também, provavelmente o foram para as sociedades ágrafas que elaboraram os diversos registros astronômicos identificados nos painéis rupestres espalhados pelo mundo e que foram objeto inicial de estudo básico para a construção da nossa História da Astronomia.

Cintia já possui vários estudos publicados sobre o tema da Astronomia medieval, disponíveis em pdf na web:




Cintia também já publicou vários livros sobre o tema da Arqueoastronomia brasileira:







terça-feira, 10 de dezembro de 2013

BLOG DO NEVE ATINGE MAIS DE 16 MIL ACESSOS!

O Blog do grupo NEVE atingiu a marca de mais de 16 mil acessos, um número muito grande para um espaço acadêmico na web. 




Também o grupo no FACEBOOK acaba de atingir a quantidade de mais de mil membros associados. Com certeza trata-se do interesse que a Era Viking e a Escandinávia Medieval vem despertando nas novas gerações, que procuram mais informações e contato com pesquisadores no tema.







segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

LIVRO ANALISA COTIDIANO NA IRLANDA MEDIEVAL

Atualmente o medievalismo brasileiro passa por uma forte tendência a valorizar apenas uma visão de medievo: a Igreja, suas instituições clericais, a política, as hagiografias, o Papado. Diversos temas que possuem ampla abordagem na Europa, como cotidiano e cultura popular, são praticamente esquecidos em nosso país. Enquanto a França pesquisa as sensibilidades, a cultura material, as facetas mais diversas da sociabilidade medieval, o Brasil carece de ousadia nas suas pesquisas mais recentes. E se tratando de Europa Setentrional, a situação torna-se ainda mais precária. Um interessante lançamento, de autoria do historiador irlandês Finbar Dwyer, demonstra que é possível realizar um interessante estudo sobre o cotidiano de uma região considerada "periférica" ao mundo continental, mas nem por isso, menos interessante. Sexo, alimentação, diversão, bruxaria, violência, viagens, são alguns dos temas investigados. É possível tornar a Idade Média mais humana, sem deixar a pesquisa acadêmica menos séria e sair um pouco do referencial renascentista de que o melhor sinônimo para essa época foi a Igreja.


Witches, Spies and Stockholm Syndrome, Life in Medieval Ireland
By Finbar Dwyer
New Island Press, 2013
ISBN: 978-1-84840-284-3
The launch of a new book portraying a fascinating insight in to life in medieval Ireland will take place in Dublin and Kilkenny during the next fortnight. Witches, Spies and Stockholm Syndrome, Life in Medieval Irelandby Finbar Dwyer is published by New Island Press.
In this unique book, Dublin based historian Finbar Dwyer has created a captivating picture of life in the Late Middle Ages from fatal tavern fights to football; sex to sea travel and other topics often neglected by histories of the period.
Stories of interest include:
Two sailors who survived a hanging in Dublin in 1311
The demise of the Knights Templar in Ireland.
Witchburnings.
An Irish monk who visited China in the 1320s
The Black Death in Kilkenny.
Finbar Dwyer, historian and founder of the chart topping Irish history podcast series, said “Much of the time the lives of ordinary people who didn’t have titles of nobility – those who were unconnected to the likes of Strongbow – are neglected in our modern telling of history. While these peoples’ stories are integral to the history of the period, they are also fascinating considering these were times when famine, plague, warfare and extreme violence were all too common.”
“While it was one of the darker chapters in our history, life continued nonetheless and in this book I’ve looked at the personal stories of those who struggled to survive. It was unquestionably a strange world, but one far from the stereotypical chivalry of romantic literature – where fatal tavern fights, abductions, executions and warfare were part of life. In Witches, Spies and Stockholm Syndrome I step away from the usual narrative of medieval history where the story of our ancestors is too often told through the lives of a few important men.”
The book will be launched in The Cobblestone Pub, Smithfield, Dublin on November 28th and Dubray Books, Kilkenny on December 5th; it is available from New Island Press for €19.99 and in all good book stores.
Texto em inglês: Medievalismo.net 



quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

JOÃO PESSOA SEDIARÁ EVENTO ESCANDINAVISTA

A cidade de João Pessoa será sede do próximo evento promovido pelo NEVE, o II COLÓQUIO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS. O mesmo ocorrerá simultaneamente com a realização do III SEMINÁRIO DE ESTUDOS MEDIEVAIS DA PARAÍBA, promovido pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos Medievais da UFPB. Os dois eventos serão realizados com apoio dos Programas de Pós Graduação em Letras e Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraíba. 



O tema dos dois eventos será: Mito, literatura e performance, e os mesmos ocorrerão em agosto de 2014. Uma das conferências já confirmadas será com o professor Dr. João Lupi (UFSC) com o tema: A mitologia escandinava em Richard Wagner.

Maiores informações sobre inscrições e outros detalhes serão divulgadas futuramente.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

CURSO SOBRE ERA VIKING EM FORTALEZA (UFC)


O Valknut, Grupo de Estudos Vikings, estará promovendo o mini-curso A ERA VIKING: FONTES E DEBATES, nos dias 3 a 5 de dezembro, nas dependências da UFC, Universidade Federal do Ceará. O curso contará com a presença de Pablo Gomes de Miranda, mestre em História pela UFRN e pesquisador-membro do NEVE, Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos. O curso é uma oportunidade ímpar para atualização na historiografia e nos debates mais atuais sobre Escandinávia Medieval.




terça-feira, 19 de novembro de 2013

MEMBROS DO NEVE EM EVENTO DA UFES


Membros do NEVE participaram do III Encontro Internacional de História UFES/Université Paris-Est/Universidade do Minho, realizada na UFES de 7 a 10 de novembro de 2013.

Munir Lufte Ayoub ministrou o mini-curso: Gođkynningr: o rei escandinavo como ponte entre deuses e homens, baseado em sua recente dissertação de mestrado em História defendida na PUC-SP.

Munir Ayoub ministrando o mini curso Gođkynningr


André de Oliveira (UFMA) apresentou a comunicação: A conversão na Escandinávia medieval, a sidaskipti como uma forma de estigmatização, baseado em sua pesquisa de mestrado em História desenvolvida na UFMA.

André de Oliveira apresentando sua comunicação no evento


Segundo André de Oliveira a sua comunicação "foi bem interessante, podendo ser feito um intercâmbio de ideias entre os membros da mesa e uma exposição descontraída com os alunos presentes, tentando sanar todas as dúvidas sobre os mais variados temas. O minicurso foi o de maior procura no evento, segundo a organização, com aproximadamente 50 alunos. A participação dos alunos foi constante e interessante para a apresentação e debate do tema na Universidade. Dos alunos que participaram do minicurso de Munir Ayoub, apresentaram interesse e conhecimentos iniciais sobre a Escandinávia que graças ao curso pode ser aperfeiçoado." 


O público presente no mini-curso de Munir Ayoub











quarta-feira, 13 de novembro de 2013

16TH INTERNATIONAL SAGA CONFERENCE - PRIMEIRA CIRCULAR

A Suiça sediará em 2015 um dos maiores eventos na área de estudos escandinavos, a décima sexta edição do International Saga Conference. 





O evento ocorrerá nas cidades de Zurique e Basileia, de 9 a 15 de agosto de 2015.

O evento terá como tema as sagas e o espaço, havendo possibilidades para os pesquisadores apresentarem as mais variadas perspectivas em relação à espacialidade e a paisagem, como a interação entre sagas e a topografia e topologia, a relação entre textos, imagens e mapas, concepções espaciais nos manuscritos e na cartografia medieval, a distribuição geográfica das tradições literárias, entre outras. Além da temática principal, outras sessões abordarão temáticas em paralelo, como as concepções de corpo na Escandinávia medieval e a recepção da literatura nórdica antiga e islandesa.





As inscrições para apresentação de trabalhos serão iniciadas a partir de junho de 2014, com a publicação da segunda circular do evento.

Para maiores informações sobre o evento, consulte o site aqui.

Para acessar a primeira circular, clique aqui.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

MONUMENTO PRÉ-VIKING É DESCOBERTO NA SUÉCIA

Arqueólogos suecos anunciaram nesta sexta-feira (18) a descoberta do maior monumento da Idade do Ferro do país, na região do Velho Upsal, anterior à era viking.



Os pesquisadores se preparavam para escavar o solo para a construção de uma nova linha de trem, 70 km ao Norte de Estocolmo, quando se depararam com duas fileiras de pilares de madeira.
Lena Borenius-Joerpeland, arqueóloga do Conselho Nacional Sueco do Patrimônio, indicou que o monumento, perto de uma necrópole da Idade do Ferro escandinava, parece remontar ao século 5. 
A maior das duas fileiras tem um quilômetro de extensão e conta com 144 pilares. A outra tem a metade disso. "Os pilares eram altos, talvez medindo entre oito e dez metros", explicou Lena.
"Eram vistos a uma grande distância e, provavelmente, marcavam o acesso ao Velho Upsal", prosseguiu. "Poderia se tratar de uma demarcação territorial ou religiosa", acrescentou.



Hoje só se encontram conservados alguns restos de pilares, e os buracos nos quais eles estavam colocados. Na Idade do Ferro na Escandinávia, o Velho Upsal era um importante centro de comércio, religião, artesanato e administração judicial.
Os arqueólogos encontraram também ossos de cavalos, vacas e porcos nos buracos dos pilares: provas, segundo eles, de que ali eram sacrificados animais.
No entanto, quem ergueu o monumento e com que propósito permanece um mistério. "Poderia ser um marco territorial ou uma demarcação religiosa", disse.

Fonte: Notícias UOL.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

NOVA EDIÇÃO DO NOTÍCIAS ASGARDIANAS



O boletim NA (Notícias Asgardianas) está com nova edição, n. 5, confiram o conteúdo:


- Editorial: pg. 3.
- Entrevista com Neil Price, arqueólogo e especialista em Era Viking: pg. 5.
- Ensaio: As espadas Ulfberht, a lendária espada viking: pg. 12.
- Resenha: pg. 18
- Notícias de estudos escandinavos: pg. 21.
- Notícias de Arqueologia Escandinava: pg. 29.

- Notícias de outros grupos: pg. 34.


sábado, 12 de outubro de 2013

MESTRADO SOBRE REALEZA NÓRDICA NA PUC-SP

O Programa de Pós Graduação em História da PUC-SP recebeu a apresentação pública da dissertação de Mestrado Godkynningr: o rei escandinavo como ponte entre deuses e humanos, de Munir Lutfe Ayoub, no dia 9 de outubro. A banca foi composta pelos professores doutores Johnni Langer (UFPB), Ettore Quaranta (PUC-SP) e Yvone Dias Avelino (PUC-SP).




Munir é membro do NEVE, Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos e realiza estudos sobre a Escandinávia Medieval há vários anos, além de participar de eventos em estudos medievais. A pesquisa realizou um estudo comparado entre fontes literárias e arqueológicas, buscando compreender as transformações ideológicas, políticas e religiosas da realeza nórdica durante a Era Viking. A pesquisa é uma das primeiras no Brasil que aprofunda metodologicamente a relação entre fontes da cultura material no período pagão e as fontes escritas durante o cristianismo, além de conceder algumas discussões historiográficas ainda pouco conhecidas no país, como a questão da realeza sagrada. Munir atualmente desenvolve um projeto de doutorado, com o intuito de aprofundar-se no tema da religiosidade da Escandinávia medieval.


O sacrifício de Domaldi, um dos temas analisados pela dissertação de Munir

Resumo  da dissertação: O presente trabalho por meio de uma metodologia comparada entre as fontes literárias e arqueológicas buscou compreender as modificações ocorridas nas praticas cultuais que possibilitaram a forja de ideais, de legitimação e a formação das funções das realezas escandinavas, além de buscar as funções e ânsias que esses homens tinham sobre seus deuses. Evidenciando por fim a importância dos antigos costumes nórdicos e da mitologia nórdica como instrumento de legitimação e de criação de poderes sociais, contribuindo para a compreensão de um período onde rito, mito e os poderes sociais estavam em plena conexão, relações essas que marcariam o período Viking na Escandinávia. Tendo assim sua baliza temporal inserida entre os séculos VIII e X sendo o primeiro o século no qual surgiram as primeiras realezas escandinavas e o segundo o século no qual os povos escandinavos começaram a sofrer um processo de conversão ao cristianismo. 



Para maiores informações e contatos com Munir Ayoub, clique aqui.


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

MESTRADO SOBRE A HEIMSKRINGLA NA UFRN

O Programa de Pós Graduação em História da UFRN (História e Espaços), promoveu no dia 24 de setembro do corrente, a defesa da dissertação de mestrado: Guerra e Identidade: um estudo da marcialidade no Heimskringla, de Pablo Gomes de Miranda. A banca foi composta pelos professores Johnni Langer (UFPB), Edrisi Fernandes (UNB), Marcia Severina Marques (UFRN) e Raimundo Pereira Alencar Arrais (UFRN).


Trata-se de um estudo inédito no Brasil, pesquisando uma das fontes mais importantes da Escandinávia Medieval, a Heimskringla, em seus aspectos de marcialidade e espaço. Em um dos capítulos da dissertação, Pablo Miranda investiga as conexões entre mito, magia e religião no mundo da guerra nórdica, especialmente os relacionados a Odin, e em outro capítulo, a formação de uma identidade guerreira a partir das fronteiras entre os países escandinavos.

Pablo Miranda é membro do NEVE, Núcleo de Estudos Vikings e EScandinavos, e há vários anos se dedica ao estudo da história da guerra no mundo nórdico. Atualmente prepara um projeto sobre mitologia e folclore escandinavo, a ser desenvolvido no doutorado.

Fotografia de um dos manuscritos da Heimskringla


Resumo da dissertação: O objetivo de nossa dissertação é estudar como os escritos escandinavos produziram uma identidade da Noruega em ideais bélicos dentro de uma compilação de sagas islandesas chamado Heimskringla e que tem parte de seu conteúdo voltado para narrativas de um momento conturbado do surgimento das monarquias escandinavas entre o século VIII e XI, a chamada Era Viking. O Heimskringla, também conhecido como “O Círculo do Mundo” é um conjunto de escritos baseados na memória oral islandesa sobre os reis noruegueses e a formação do território norueguês. Na medida em que investigamos a relação entre os membros da realeza, seus companheiros e os povos escandinavos, passamos a delinear as relações de memória, identidade e guerra. Nosso trabalho pontua a maneira como a guerra escandinava produz, em suas narrativas, espaços próprios, seja nas relações político-sociais entre seus participantes, na organização de seus conflitos, ou na localização das atividades guerreiras, onde os lugares transformam-se em pontos essenciais dessas narrativas. A guerra é ao mesmo tempo um lugar de afirmações identitárias e um espaço de práticas necessárias para o fortalecimento do poder real.


domingo, 22 de setembro de 2013

MITOLOGIA ESCANDINAVA É TEMA DE EVENTO NOS EUA

                               Prof. Dr. Johnni Langer (UFPB/NEVE)

A Universidade de Harvard promove a 12ª. Edição do The Aarhus Old Norse Mythology Conference at Harvard, a ser realizada de 30 de outubro a 1 de novembro de 2013. Alguns escandinavistas e mitólogos consagrados, como Neil Price, Chris Abram, John Lindow, Terry Gunell, entre outros, apresentarão suas mais recentes pesquisas.


Entre os diversos conferencistas convidados, percebemos a grande ênfase atual nos estudos de mitologia comparada aplicados à área escandinava: John Lindow compara os mitos finlandeses aos nórdicos, enquanto Thomas Dubois compara as tradições de cosmologia e astronomia báltico-finlandesa com a nórdica (seguindo uma pesquisa já apresentada na Califórnia em 2012). Outros comparatistas, como Emyle Lyle, Joseph Nagy, Kimberley Patton e Michael Witzel, utilizam áreas muito exploradas na escandinavística clássica, como a irlandesa, a grega e iraniana e algumas não muito comuns nas pesquisas contemporâneas, como a indiana e a chinesa. 
Certos temas explorados seguem a tendência recente em analisar temas escatológicos, como Cristopher Abram em uma interpretação do poema Völuspá; Mathias Nordvig volta a pesquisar a influência do vulcanismo nas narrativas míticas islandesas; o arqueólogo Neil Price explora o tema ragnarokiano do ponto de vista de eventos geoclimáticos; Lukas Rösli analisa as diferentes versões do Ragnarok nas fontes medievais.


O escandinavista Thomas DuBois (Universidade de Wisconsin-Madison), um dos poucos pesquisadores atuais de Etnoastronomia da Escandinávia Medieval


Algumas pesquisas seguem a tendência tradicional de análise de narrativas individuais, como Joseh Nagy, interpretando as diferentes versões da serpente nórdica; Henning Kure explora o tema da interpolação no poema Grímnismál; Karin Johánna analisa as divindades nórdicas na poesia rímur; Kate Heslop pesquisa o tema do herói em várias narrativas literárias; Jürg Glauser analisa o papel do hidromel na literatura mitológica; Nordal Gudrun interpreta o Grímnismál a partir da cosmologia do século XIII.
Outra grande tendência metodológica do evento é a análise dos mitos a partir das evidências materiais da cultura religiosa pré-cristã: Merill Kaplan volta a investigar a autenticidade pagã do conto de Volsi (recentemente analisado por Clive Tooley); Kimberley Patton e Olof Sundqvist analisam o tema da árvore cósmica e suas possíveis ritualizações na paisagem sagrada; Jens Peter Schjødt analisa os modelos de religiosidade nórdica pré-cristã preservados nas fontes medievais; Kees Samplonius examina o papel da magia no paganismo nórdico, em especial, a suposta interpretação de que o corpo feminino encontrado na famosa sepultura de Oseberg teria sido uma völva; Terry Gunell apresenta considerações sobre o culto dos deuses vanes e sua preservação oral nas fontes literárias.


O arqueólogo Neil Price (Universidade de Abeerden), um dos mais famosos escandinavistas da atualidade.


Certamente um grande evento acadêmico que comprova, mais do que nunca, a atualidade e a importância do estudo contemporâneo da mitologia nórdica, certamente a área mais popular dos estudos escandinavos.


Informações sobre o evento podem se conferidas aqui

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

ARTIGO ANALISA A ASTRONOMIA E A COSMOLOGIA DA ERA VIKING


A revista Domínios da Imagem, publicação do Laboratório de Estudos da Imagem (UEL), em sua última edição (n. 12 de 2013), acaba de publicar um estudo sobre a Etnoastronomia na Era Viking, com autoria do professor Johnni Langer (UFPB). Trata-se de uma área ainda muito pouco estudada no mundo, mas muito promissora em termos de fontes e perspectivas, tanto para região nórdica quanto para a Europa Medieval de maneira geral. A área de Etnoastronomia e Arqueoastronomia ainda é pouco conhecida no Brasil.

Artigo: O céu dos vikings: uma interpretação etnoastronômica da pedra rúnica de Eckelbo (Gs 19), DOMÍNIOS DA IMAGEM 6(12), 2013, pp. 97-112. ISSN: 2237-9126 (Digital).


Resumo: O presente artigo propõe algumas interpretações iconográficas para a pedra rúnica de Ockelbo (Gs 19), monumento erigido na Escandinávia durante a Era Viking (793-1066 d.C.). A investigação propõe uma análise através do referencial da Etnoastronomia, em convergência com os estudos de mitologia comparada e da História cultural. Nossa principal hipótese é a de que este monumento possui referências cosmológicas e astronômicas, centralizadas na representação mitológica da Via Láctea e constelações correlacionadas a esta.

O artigo pode ser acessado no link




sábado, 7 de setembro de 2013

LANÇAMENTO ANALISA AS INFLUÊNCIAS CÉLTICAS NO PAGANISMO GERMÂNICO

Novo estudo sobre a influência céltica na religiosidade germânica pré-cristã. 



Livro recém lançado do professor Mathias Egeler, da Universidade de Cambridge, aprofunda metodologicamente e em vário estudos de caso, especialmente em temas da mitologia escandinava, a sua relação com a área céltica. Poucos estudos anteriores efetuaram algo neste sentido, como o livro Myths and symbols in pagan Europe, de Hilda Davidson, de 1988.

Uma resenha da obra pode ser conferida aqui.

Para uma consulta ao índice do livro e a primeira parte, clique aqui.

domingo, 4 de agosto de 2013

O NEVE EM EVENTO DA UNESP-FRANCA

O grupo NEVE participará de mais um evento relacionado aos estudos medievais. Desta vez, trata-se do XIII CICLO DE ESTUDOS ANTIGOS E MEDIEVAIS E V CICLO INTERNACIONAL DE ESTUDOS ANTIGOS E MEDIEVAIS DO NÚCLEO DE ESTUDOS ANTIGOS E MEDIEVAIS, promovido pelo NEAM DA UNESP CAMPI ASSIS/FRANCA, a ser realizado de 19 a 23 de AGOSTO. Os membros do NEVE participarão de duas sessões de comunicações e serão responsáveis por dois mini-cursos. 
As sessões: 8: ESPECIFICIDADES SOBRE ESCANDINÁVIA E INGLATERRA MEDIEVAIS, Local: Sala 23, Dia: 21/08/2013 – Quarta-feira, Hora: 14:30 às 16:30 E SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 3: ESTUDOS SOBRE O GÊNERO FEMININO NA ANTIGUIDADE E NO MEDIEVO, Local: Sala 22, Dia: 20/08/2013 – Terça-feira, Hora: 14:30 às 16:30.
A seguir, os resumos das comunicações a serem apresentadas neste evento:





AS VOZES DAS SAGAS: UMA VISÃO SOBRE A PROBLEMÁTICA DOS ESTUDOS DAS SAGAS
André Araújo de Oliveira (Mestrando em História na UFMA/NEVE, Bolsista da Capes)

A Era Viking se iniciou, segundo a tradição historiográfica, em 793 com o saque ao mosteiro de Lindisfarne e se encerrou em 1066 com a batalha de Hastings. Contudo isso é uma construção didática, e não podemos delimitar a influência Viking a esse curto período. As influências da “Era Viking” ultrapassam esses limites temporais e se estendem pela Escandinávia medieval. As sagas islandesas são uma das principais fontes de estudo da Escandinávia medieval. São fontes escritas normalmente posteriores aos fatos narrados, sendo assim originária de uma tradição oral contemporânea a sua produção. Essa problemática, da temporalidade das sagas e o contexto de análise e produção, deixa o seu estudo com várias armadilhas e incógnitas, que buscaremos contemplar nessa breve análise. Buscaremos uma possível metodologia para o estudo das sagas por meio do uso da reflexão de Bakhtin no qual se compreende o discurso/enunciado como um produto social, e assim deve ser compreendido como um resultado da plurivocidade do seu discurso. 


LOBOS, ECLIPSES E RAGNARÖK: ALGUMAS INTERPRETAÇÕES ETNOASTRONÔMICAS DA ESCATOLOGIA ESCANDINAVA PRÉ-CRISTÃ
Prof. Dr. Johnni Langer (UFPB/NEVE)

O presente trabalho tem como principal objetivo tentar explicar o surto escatológico que ocorreu durante o século X na Escandinávia e Europa Setentrional, de temas relacionados a imagens do Ragnarök, provindas essencialmente da mitologia nórdica pré-cristã. Nossa hipótese básica é que ocorreram diversos fenômenos astronômicos durante os séculos VIII e IX (eclipses totais do sol e passagens de cometas, ambos relacionados à constelação da Boca do Lobo – as Hiades) que despertaram no homem nórdico seus temores escatológicos, originando a grande quantidade de fontes imagéticas próximas do ano mil. Nossa principal metodologia é a Etnoastronomia, conjugada com as perspectivas da história cultural dos mitos.


A GUERREIRA NÓRDICA: MITO E LITERATURA NA ESCANDINÁVIA MEDIEVAL
Profa. Ms. Luciana de Campos (GIEM-UFPB/NEVE)


Nas últimas décadas foi crescente o interesse de pesquisadores pelo estudo da literatura medieval ocidental, principalmente, no que diz respeito à sociedade e a literatura escandinava. A literatura escandinava produzida na Idade Média Central (séculos XII a XIII) na região onde hoje, localiza-se, a Suécia, Dinamarca, Noruega e Islândia, vai apresentar narrativas que mostram muitos pontos em comum com a literatura produzida na mesma época no restante da Europa. Elegemos como objeto, A Saga de Hervor pertencente a um conjunto de narrativas literárias que em islandês são classificadas como Fornaldosögur, sagas lendárias, que como já foi dito, narra acontecimentos passados há tempos e em alguns momentos são permeados por elementos fantásticos que conferem à esse tipo de narrativa especificidades que a diferenciam das outras narrativas produzidas na mesma época. Nessa comunicação iremos propor uma análise tanto da obra literária – a Saga de Hervor - como do tema – o mito da mulher guerreira, pois o estudo específico desse tema da literatura escandinava medieval fascina, a tanto o público leitor como os “autores” da literatura ocidental desde a Antiguidade até a contemporaneidade.



RITOS GUERREIROS ENTRE OS ESCANDINAVOS: uma comparação entre as saga islandesa, crônica bizantina e cultura material da Europa setentrional.
 Pablo Gomes de Miranda (Mestrando em História UFRN/NEVE)

O presente trabalho tem como objetivo traçar comparações entre os relatos marciais das sagas islandesas sobre o rei Haraldr Harðraða e as crônicas bizantinas de Leo Diaconus, com a cultura material do norte da Europa. Nosso objetivo é levantar hipóteses acerca de uma continuidade de costumes ritualísticos pré-cristãos entre os escandinavos. Haraldr Harðraða após fugir da batalha de Stiklarstaðir (1030) integra a guarda Varegue, um grupo de mercenários utilizados pela aristocracia bizantina para a proteção pessoal e patrulhamento dos Mar mediterrâneo. Com as riquezas adquiridas durante a permanência nessa guarda, Haraldr Harðraða financia seu caminho para o trono da Noruega, vindo a pleitear a posse dos reinos da Dinamarca e Inglaterra, morrendo na batalha da ponte de Stamford (1066). As sagas narram a vida um rei impetuoso, para analisar melhor tal representação vamos comparar esses relatos com os escritos de Leo Diaconus, cronista bizantino que descreve os costumes guerreiros dos Rus’, tribo de escandinavos suecos. Para reforçar nossas comparações, também apontaremos representações marciais em elmos e folhas de metal em achados da Europa setentrional que reforçam uma conclusão em torno da sacralidade do exercício guerreiro entre os escandinavos.



DEPÓSITOS RITUALÍSTICOS E OS APONTAMENTOS DOS CULTOS NOS SALÕES DA ESCANDINÁVIA
Munir Lutfe Ayoub (Mestrando em História pela PUC-SP) 


Pretendemos em nosso trabalho a compreensão dos locais de culto da Escandinávia pré-cristã da Idade do ferro pré-romana ao período Viking, utilizaremos para tanto os resquícios materiais que nos apontam as atividades cultuais desse povo em seus diferentes períodos. Cultos que por definição teórica se definem como as tentativas dos homens de se aproximarem e se comunicarem com as outras esferas do mundo, com as esferas do sagrado. Para analise dos resquícios arqueológicos precisamos compreender que nem todos os depósitos encontrados podem ser considerados como depósitos votivos, pertencentes a um contexto ritual, existem outros depósitos que podem ser encontrados. Além dos depósitos rituais podemos encontrar os depósitos funerários e os depósitos que foram feitos em épocas de crise e guerra, tendo o objetivo de serem revistos pelos seus donos.  Assim passou-se a atribuir aos depósitos encontrados em pântanos a característica de pertencimento aos ritos, uma vez que os depósitos feitos nesses locais saem de um contexto funerário e se localizam em um contexto de impossibilidade de reaver os objetos depositados. No entanto arqueólogos como Lotte Hedeager acreditam em uma necessidade de se analisar mais do que a conexão direta entre o local e o objetivo desses depósitos, lançando mão assim de uma metodologia que pretende também a analise de uma padronização dos depósitos de rito, tornando-os assim indícios de uma atividade regular. Metodologia que utilizaremos na delimitação dos locais de culto no mundo Escandinavo pré-cristão. Questão que cresce no decorrer da analise das fontes, passando pela Germânia de Tácito, que delimita os espaços naturais como próprio dos cultos germânicos da idade do ferro romana, e da Gesta Hammaburgensis ecclesiae pontificum de Adam de Bremem, que delimita os salões como espaços dos locais de culto em Uppsala no período Viking. Questão de modificações temporais/espaciais no culto escandinavo que procuramos analisar pela única fonte direta desse mundo, as fontes materiais. 


CURSOS MINISTRADOS POR MEMBROS DO NEVE DURANTE O EVENTO:

Minicurso 3: Entre Copos, Taças e Cornos: As Interpretações Imagéticas do Consumo de Bebidas na Filmografia sobre Antiguidade e Idade Média
Local: Sala 14
Hora: 8:00 às 10:00
Dias: 20, 22 e 23 de agosto
Ministrante: Profa. Ms. Luciana Campos (GIEAM-UFPB/NEVE)

Minicurso 7: Imagens Detratoras, Imagens Heróicas: A História dos Vikings no Cinema e TV
Local: Sala 21
Hora: 17:00 às 19:00
Dias: 20, 22 e 23 de agosto

Ministrante: Prof. Dr. Johnni Langer (UFPB – Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos)

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

DEFESA DE MESTRADO SOBRE SIGURD NA UFPB


A pesquisadora Suênia de Souza Amorim acaba de defender sua dissertação de mestrado: Mito, magia e religião na Völsunga saga: um olhar sobre a trajetória mítica do herói Sigurd, no Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões da UFPB. A banca examinadora foi composta pelos professores doutores Deyve Redyson Melo dos Santos, Fabrício Possebon e Johnni Langer.


Suênia Amorim utilizou-se dos referenciais teóricos do mitólogo Joseph Campbell e procurou analisar essencialmente a figura do herói na tradição escandinava pré-cristã. Segundo os professores Deyve Melo e Fabrício Possebon, a pesquisa inaugura a temática de pesquisas sobre Escandinavística e mitologia nórdica no programa, uma inovação dentro das ciências das religiões e das ciências humanas no Brasil.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

ARTIGO ANALISA OS SALÕES DE CULTOS DA ERA VIKING

A quantidade de estudos sobre a espacialidade social, política e religiosa da Era Viking vem aumentando significativamente nos últimos tempos. Seguindo essa tendência, o historiador Munir Lutfe Ayoub (Mestrando em história pela PUC-SP, membro do NEVE) publicou o artigo Salões de cultos e banquetes: a compreensão dos espaços escandinavos, na revista Crítica Histórica n. 7, 2013.


Entre algumas dificuldades para elaborar o artigo, o autor aponta o contato com fontes arqueológicas que ainda não estão divulgadas na internet, como o mapa da distribuição dos achados no salão de Borg/Lofotr na Noruega. Ma também lembra que o trabalho feito em Uppakra por arqueólogos como L. Larson é louvável e bem divulgado na rede.
Os principais resultados da pesquisa de Munir Ayoub apontam os salões de culto escandinavos como locais de suma importância na construção dos centros políticos, manufatureiros e nas regiões dos antigos costumes nórdicos. Concediam a esses centros escandinavos um simbolo conectado com os chefes locais e as realezas que atribuíam um sentido sagrado e de ordem aos espaços sociais.

O artigo de Munir pode ser conferido integralmente clicando aqui.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

MITOLOGIA ESCANDINAVA EM MESTRADO NA UFPB



O Programa de Pós-graduação em Ciências das Religiões da UFPB (Mestrado) estará oferecendo a partir de 29 de julho a disciplina optativa Mitologia Escandinava: fontes, temas e métodos, a ser ministrada pelo professor doutor Johnni Langer. Trata-se de uma iniciativa inédita, que procura conceder novos espaços para a Escandinavística e os estudos acadêmicos dos mitos nórdicos em nosso país. Além dos mestrandos do programa, também alunos especiais poderão cursar a disciplina. Para maiores informações: ppgcr.ufpb@yahoo.com.br   http://www.ce.ufpb.br/ppgcr/?secao=11


Disciplina: A MITOLOGIA ESCANDINAVA: FONTES, TEMAS E MÉTODOS

EMENTA: Os conceitos básicos sobre os mitos nórdicos. As fontes e as interpretações acadêmicas. Cosmogonia, cosmologia e escatologia nórdica. O panteão dos vanes e ases. Os deuses principais, suas narrativas, seus simbolismos e cultos. As deusas e seus papéis sociais. Metodologias para análises. A recepção dos mitos no mundo contemporâneo.



OBJETIVOS

Geral: A disciplina tem como objetivo básico o conhecimento dos principais parâmetros para o estudo acadêmico da mitologia escandinava, fornecendo subsídios historiográficos, teóricos e metodológicos para sua investigação. A disciplina utilizará como principais eixos o estudo das fontes escritas e iconográficas da Idade Média, dos principais temas e dos métodos para a pesquisa dos mitos nórdicos.

Específicos: O estudo acadêmico dos mitos nórdicos; conhecimento teórico e metodológico para o pós-graduando efetuar pesquisas nas fontes medievais; o conhecimento sistemático e panorâmico das principais tendências nas pesquisas sobre mitos escandinavos.

BIBLIOGRAFIA 

Fontes:

ANÔNIMO. Edda Mayor, tradução de Luis Lerate. Madrid: Alianza Editorial, 2009. Tradução ao inglês de Lee Hollander, The Poetic Edda, Austin: University of Texas Press, 2008.
ANÔNIMO. Poesía antiguo-nórdica (antologia siglos IX-XII), tradução de Luis Lerate. Madrid: Alianza Editorial, 1993.
ANÔNIMO. Saga dos Volsungos, tradução de Theo Moosburger. São Paulo: Hedra, 2009. Tradução ao inglês de Jesse Byock, The saga of the Volsungs, New York: Penguin, 2000.
GRAMATICUS, Saxo. The history of the Danes, tradução de Peter Fisher. New York: D. S. Brewer, 2008.
STURLUSON, Snorri. La saga de los Ynglingos, tradução de Santiago Lluch. Madrid: Miraguano, 2012. Tradução ao inglês por Lee Hollander, The saga of Ynglings/Heimskringla, Austin: University of Texas Press, 2009.
STURLUSON, Snorri. Edda Menor, tradução de tradução de Luis Lerate. Madrid: Alianza Editorial, 2004. Tradução ao inglês por Jesse Byock, The Prose Edda, New York: Penguin, 2005.
TÁCITO. Germania, tradução de Beatriz Martinez. Madrid: Akal, 1999.

Bibliografia Básica:

BERNÁRDEZ, Enrique. Los mitos germánicos. Madrid: Alianza Editorial, 2010.
BOYER, Régis. Herós et dieux du Nord: guide iconographique. Paris: Flammarion, 1997.
BRANSTON, Brian. Mitología germánica ilustrada. Barcelona: Vergara, 1960.
DAVIDSON, Hilda. Deuses e mitos do norte da Europa. São Paulo: Madras, 2004.
DAVIDSON, Hilda. Escandinávia. Lisboa: Editorial Verbo, 1987.
DUMÉZIL, Georges. Do mito ao romance. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
HARRIS, Joseph. Eddic Poetry. In: CLOVER, Carol & LIDOW, John (Eds). Old Norse-Icelandic Literature: a critical guide. London: University of Toronto Press, 2005, pp. 68-156.
LANGER, Johnni. Deuses, monstros, heróis: ensaios de mitologia e religião viking. Brasília: Editora da UNB, 2009.
LANGER, Johnni. Guia crítico da mitologia escandinava (fontes e bibliografia), 2008. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger
LINDOW, John. Mythology and mythography. In: CLOVER, Carol & LIDOW, John (Eds). Old Norse-Icelandic Literature: a critical guide. London: University of Toronto Press, 2005, pp. 21-67.
LINDOW, John. Norse mythology: a guide to the gods, heroes, rituals, and beliefes. Oxford: Oxford University Press, 2001.
PAGE, Raymond Ian. Mitos nórdicos. São Paulo: Centauro, 2009.
SIMEK, Rudolf. Dictionary of Northern Mythology. London: D.S. Brewer, 2007.




BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ABRAM, Christopher. Myths of the pagan North: the gods of the norsemen. London: Continuum, 2011.
ACKER, Paul & LARRINGTON, Caroline (Eds). The Poetic Edda: essays on Old Norse Mythology. New York: Routledge, 2002.
ANLEZARK, Daniel (Ed.). Myths, legends, and heroes: essays on Old Norse and Old English literature. Toronto: University of Toronto Press, 2011.
BOYER, Régis. La grande déesse du Nord. Paris: Berg International, 1995.
BOYER, Régis. Le monde du double: la magie chez les anciens Scandinaves. Paris: Berg International, 1986.
DAVIDSON, Hilda. The lost beliefs of Northern Europe. New York: Routledge, 2001.
DAVIDSON, Hilda. Roles of the Northern Goddess. London: Routledge, 1990.
DAVIDSON, Hilda. Myths and symbols in Pagan Europe: early Scandinavian and celtic religions. New York: Syracuse University Press, 1988.
DUMÉZIL, Georges. Mythes et dieux de la Scandinavie ancienne. Paris: Éditions Gallimard, 2000.
DUMÉZIL, Georges. Loki. Paris: Flammarion, 1986.
DUMÉZIL, Georges. El destino del guerrero: aspectos míticos de La función guerrera entre los indoeuropeos. Mexico: Siglo Veintiuno, 2003.
DUMÉZIL, Georges. Los dioses de los germanos: ensayo sobre la formación de La religión escandinava. Mexico: Siglo Veintiuno, 1990.
DUMÉZIL, Georges. Mythes et dieux des germains: essai d`interpretation comparative. Paris: Librairie Ernest Leroux, 1939.
QUINN, Judy et ali (Eds). Learning and understanding in the Old Norse World. London: Brepols, 2007.
LANGER, Johnni. O zodíaco viking: reflexões sobre etnoastromia e mitologia escandinava. História, imagem e narrativas 16, 2013. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger
LANGER, Johnni. Valquírias versus gigantas: modelos marciais na mitologia escandinava. Revista Brasileira de História das Religiões 13, 2012. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger
LANGER, Johnni. A morte de Odin? As representações do Ragnarök na arte das Ilhas Britânicas (séc. X). Medievalista 11, 2012. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger
 LANGER, Johnni. Pagãos e cristãos na Escandinávia da Era Viking. Revista Brasileira de História das Religiões 4(10), 2011. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger
LANGER, Johnni. O mito do dragão na Escandinávia, parte 2: As Eddas. Brathair 7(1), 2007. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger
LANGER, Johnni. Mythica Scandia: repensando as fontes literárias da mitologia viking. Brathair 6 (2), 2006. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger
LANGER, Johnni. As estelas de Gotland e as fonte iconográficas da mitologia viking. Brathair 6(1), 2006. http://ufpb.academia.edu/JohnniLanger
MCKINELL, John. Meeting the Other in Norse Myth and Legend. London: D.S. Brewer, 2005.
ROSS, Margaret Clunie. Prolonged Echoes: Old Norse Myths in Medieval Northern Society. Odense: Odense University Press, 1994.
ROSS, Margaret Clunie. Prolonged Echoes: The Reception of Norse Myths in Medieval Island. Odense: Odense University Press, 1998.
TURVILLE-PETRE, E.O.G.  Myth and religion of the North: the religion of Ancient Scandinavia. London: Weidenfeld and Nicolson, 1964.