O grupo interinstitucional NEVE (NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS, criado em 2010) tem como principal objetivo o estudo e a divulgação da História e cultura da Escandinávia Medieval, em especial da Era Viking, por meio de reuniões, organização de eventos, publicações e divulgações em periódicos e internet. Parceiro internacional do Museet Ribes Vikinger (Dianamarca), Lofotr Viking Museum (Noruega), The Northern Women’s Art Collaborative (Universidade de Brown, EUA), Reception Research Group (Universidad de Alcalá) e no Brasil, da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) e PPGCR-UFPB. Registrado no DGP-CNPQ. Contato: neveufpb@yahoo.com.br

quinta-feira, 8 de março de 2018

A mulher nórdica na Era Viking

 
A MULHER NÓRDICA NA ERA VIKING
 
"As mulheres na sociedade nórdica possuíam papéis bem distintos. Essa era comandada pelos homens e de cada um eram esperados determinados comportamentos e esses não podiam ser contrariados sem que houvesse algum tipo de punição. As mulheres não participaram de trocas comerciais ou de incursões, embora tenham participado claramente em viagens de exploração e assentamentos em lugares como a Islândia e a Vínland. As responsabilidades das mulheres sempre foram claramente definidas como domésticas. Tanto homens como mulheres que se aventuravam em tarefas e atividades não condizentes com o seu sexo, seriam execrados. Alguns desses comportamentos eram, inclusive, estritamente proibidos por lei. Segundo as Grágás, as mulheres eram de usar roupas masculinas, de cortar o cabelo curto ou de transportar armas. As mulheres viviam sob a autoridade de seu pai, na ausência desse, enquanto fossem solteiras sob a tutela dos irmãos ou parentes próximos e, do marido, depois de casada. Ela possuía uma liberdade limitada para dispor de seus bens pertencentes. Era proibida de participar da maioria das atividades políticas não podendo exercer a função de chefe, de juiz e não podia servir como testemunha e, em hipótese alguma podia ter voz em um þing. Mas, em contrapartida, as mulheres eram respeitadas e possuíam uma grande liberdade, especialmente quando comparadas com outras sociedades europeias da época. Elas conseguiam administrar as finanças da família e podiam supervisionar a fazenda na ausência de seu marido e exercer sua autoridade frente aos servos e escravos sem ser contestada. Na viuvez, elas podiam ser ricas e importantes proprietárias de terras e bens e podiam dispor de toda a sua fortuna como bem desejassem. Mas existiam leis protegiam as mulheres de várias atitudes masculinas indesejadas, como beijos forçados e estupro".

CAMPOS, Luciana de. Mulheres. In: DICIONÁRIO DE HISTÓRIA E CULTURA DA ERA VIKING. São Paulo: Hedra, 2017, pp. 513-514 (apenas recorte dos dois primeiros parágrafos do verbete).